racismo
- preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência
nacional
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DEC.LEI Nº 2.848/40 (CP) | RESOL. Nº 93/70 (Pronunciamento Senador) | LEI Nº 7.716/89 (Preconceitos) |
DEC. N° 1.171/94 (Ética Profissional do Serv. Púb. Federal) | Nazismo(Cruz Suástica) | |
Constituição Federal de 1988
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
DECRETO-LEI N. 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
Código Penal
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de 1 ( um) a 6 (seis) meses, ou multa.
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa, alem da pena correspondente à violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião ou origem:
Pena: reclusão de um a três anos e multa.”(inserido
pela Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997)
RESOLUÇÃO Nº 93, DE 1970
O Senado Federal resolve:
Art. 1º O Regimento Interno do Senado Federal passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 21. Ao Senador é vedado:
a) fazer pronunciamentos que envolvam ofensas às instituições nacionais, propaganda de guerra, de subversão da ordem pública ou social, de
preconceito de raça, de religião ou de classe, configurem crimes contra a honra ou contenham incitamento à prática de crimes de qualquer natureza (Const., art. 30, parágrafo único, c);
LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989
Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
(Alterada pelas Leis nº 8.081/90 e 9.459 / 97, LEI Nº 12.288/20.07.2010, LEI Nº 12.735/30.11.2012 já incluídas no texto)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.” (nova redação dada pela Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997)
(redação original) Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor.
Art. 2º (Vetado).
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de serviços públicos.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
Parágrafo único.
Incorre na mesma pena quem, por motivo de discriminação de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional, obstar a promoção funcional.” (NR) (Redação
da LEI Nº 12.288/20.07.2010)
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
§
1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de
discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do preconceito de
descendência ou origem nacional ou étnica: (Redação da LEI Nº
12.288/20.07.2010)
I
- deixar de conceder os equipamentos necessários ao empregado em igualdade de
condições com os demais trabalhadores; (Redação da LEI Nº
12.288/20.07.2010)
II
- impedir a ascensão funcional do empregado ou obstar outra forma de benefício
profissional; (Redação da LEI Nº 12.288/20.07.2010)
III
- proporcionar ao empregado tratamento diferenciado no ambiente de trabalho,
especialmente quanto ao salário. (Redação da LEI Nº 12.288/20.07.2010)
§
2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação
de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção da igualdade
racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de
trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para
emprego cujas atividades não justifiquem essas exigências.” (NR) (Redação
da LEI Nº 12.288/20.07.2010)
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou privado de qualquer grau.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento similar.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes abertos ao público.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou clubes sociais abertos ao público.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada de acesso aos mesmos:
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, como aviões,
navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, o casamento ou convivência familiar e social.
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
Art. 15. (Vetado).
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses.
Art. 17. (Vetado)
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados
na sentença.
Art. 19. (Vetado).
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a
cruz suástica ou gamada, para fim de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza:
Pena reclusão de dois a cinco anos e multa:
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial sob pena de desobediência:
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer meio; (Redação da LEI Nº 12.735/30.11.2012)
(Redação anterior) - II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.
III - a interdição das
respectivas mensagens ou páginas de informação na rede mundial de
computadores.
(Redação da LEI Nº 12.288/20.07.2010)
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material apreendido.”
(art. 20 e seus §§ com a nova redação da Lei nº 9.459, de 13 de maio de 1997)
(redação original) Art. 20. Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência nacional.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
§ 1º Poderá o juiz determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do material respectivo;
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas ou televisivas.
§ 2º Constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do material apreendido".( art. 20 e §§ inseridos pela Lei nº 8.081, de 21 de setembro de 1990)
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º da República.
JOSÉ SARNEY
Paulo Brossard
DECRETO N° 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
Dos Principais Deveres do Servidor Público
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
LEI AFONSO ARINOS
(Revogada
pela LEI Nº 7.437, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1985 abaixo)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1º Constitui contravenção penal, punida nos termos
desta Lei, a recusa, por parte de estabelecimento comercial ou de ensino de
qualquer natureza, de hospedar, servir, atender ou receber cliente,
comprador ou aluno, por preconceito de raça ou de cor.
Parágrafo único. Será considerado agente da contravenção
o diretor, gerente ou responsável pelo estabelecimento.
Art 2º Recusar alguém hospedagem em hotel, pensão,
estalagem ou estabelecimento da mesma finalidade, por preconceito de raça
ou de cor. Pena: prisão simples de três meses a um ano e multa de
Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros) a Cr$20.000,00 (vinte mil cruzeiros).
Art 3º Recusar a venda de mercadorias e em lojas de
qualquer gênero, ou atender clientes em restaurantes, bares, confeitarias e
locais semelhantes, abertos ao público, onde se sirvam alimentos, bebidas,
refrigerantes e guloseimas, por preconceito de raça ou de cor. Pena: prisão
simples de quinze dias a três meses ou multa de Cr$500,00 (quinhentos
cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros).
Art 4º Recusar entrada em estabelecimento público, de
diversões ou esporte, bem como em salões de barbearias ou cabeleireiros
por preconceito de raça ou de cor. Pena: prisão simples de quinze dias três
meses ou multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil
cruzeiros).
Art 5º Recusar inscrição de aluno em estabelecimentos
de ensino de qualquer curso ou grau, por preconceito de raça ou de cor.
Pena: prisão simples de três meses a um ano ou multa de Cr$500,00
(quinhentos cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros).
Parágrafo único. Se se tratar de estabelecimento
oficial de ensino, a pena será a perda do cargo para o agente, desde que
apurada em inquérito regular.
Art 6º Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo do
funcionalismo público ou ao serviço em qualquer ramo das forças armadas,
por preconceito de raça ou de cor. Pena: perda do cargo, depois de apurada
a responsabilidade em inquérito regular, para o funcionário dirigente de
repartição de que dependa a inscrição no concurso de habilitação dos
candidatos.
Art 7º Negar emprego ou trabalho a alguém em autarquia,
sociedade de economia mista, empresa concessionária de serviço público ou
empresa privada, por preconceito de raça ou de cor. Pena: prisão simples
de três meses a um ano e multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros) a
Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros), no caso de empresa privada; perda do
cargo para o responsável pela recusa, no caso de autarquia, sociedade de
economia mista e empresa concessionária de serviço público.
Art 8º Nos casos de reincidência, havidos em
estabelecimentos particulares, poderá o juiz determinar a pena adicional de
suspensão do funcionamento por prazo não superior a três meses.
Art 9º Esta Lei entrará em vigor quinze dias após a
sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 3 de julho de 1951; 130º da Independência e 63º da República.
GETÚLIO VARGAS
Francisco Negrão de Lima
LEI CAÓ
LEI Nº 7.437, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1985
Incluí, entre as contravenções penais, a prática de atos resultantes de preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado civil, dando nova redação à Lei nº 1.390, de 3 de julho de 1951 - Lei Afonso Arinos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ,
faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art
2º - Será considerado agente de contravenção o diretor, gerente ou
empregado do estabelecimento que incidir na prática referida no art. 1º
desta Lei.
DAS CONTRAVENÇÕES
Art 3º
- Recusar hospedagem em hotel, pensão, estalagem ou estabelecimento de
mesma finalidade, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado
civil.
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a
1 (um) ano, e multa de 3 (três) a 10 (dez) vezes o maior valor de referência
(MVR).
Art
4º - Recusar a venda de mercadoria em lojas de qualquer gênero ou o
atendimento de clientes em restaurantes, bares, confeitarias ou locais
semelhantes, abertos ao público, por preconceito de raça, de cor, de
sexo ou de estado civil.
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a
3 (três) meses, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior valor de
referência (MVR).
Art
5º - Recusar a entrada de alguém em estabelecimento público, de diversões
ou de esporte, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado
civil.
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a
3 (três) meses, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior valor de
referência (MVR).
Art
6º - Recusar a entrada de alguém em qualquer tipo de estabelecimento
comercial ou de prestação de serviço, por preconceito de raça, de cor,
de sexo ou de estado civil.
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a
3 (três) meses, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior valor de
referência (MVR).
Art
7º - Recusar a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de
qualquer curso ou grau, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou de
estado civil.
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a
1 (um) ano, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior valor de referência
(MVR).
Parágrafo único - Se se tratar de
estabelecimento oficial de ensino, a pena será a perda do cargo para o
agente, desde que apurada em inquérito regular.
Art
8º - Obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público civil ou
militar, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado civil.
Pena - perda do cargo, depois de apurada a
responsabilidade em inquérito regular, para o funcionário dirigente da
repartição de que dependa a inscrição no concurso de habilitação dos
candidatos.
Art
9º - Negar emprego ou trabalho a alguém em autarquia, sociedade de
economia mista, empresa concessionária de serviço público ou empresa
privada, por preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado civil.
Pena - prisão simples, de 3 (três) meses a
1 (um) ano, e multa de 1 (uma) a 3 (três) vezes o maior valor de referência
(MVR), no caso de empresa privada; perda do cargo para o responsável pela
recusa, no caso de autarquia, sociedade de economia mista e empresa
concessionária de serviço público.
Art
10 - Nos casos de reincidência havidos em estabelecimentos particulares,
poderá o juiz determinar a pena adicional de suspensão do funcionamento,
por prazo não superior a 3 (três) meses.
Art
11 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art
12 - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, em 20 de dezembro de 1985; 164º
da Independência e 97º da República.
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DECRETO Nº 6.872, DE 4 DE JUNHO DE 2009. - Aprova o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial - PLANAPIR, e institui o seu Comitê de Articulação e Monitoramento.