TRIBUNAL
MARÍTIMO
www.soleis.adv.br
(Alterada pela LEI Nº 3.543/1959, LEI Nº 5.056/1966, DEC.LEI Nº 25/1966, DEC.LEI Nº 383/1968, LEI Nº 5.742/1971, LEI Nº 7.642/ 1987, LEI Nº 7.652/1988, LEI N° 8.391/1991, LEI Nº 8.969// 1994, LEI Nº 9.527// 1997 e LEI Nº 9.578// 1997 já inseridas no texto)
Art. 1º O Tribunal Marítimo, com jurisdição em todo o território nacional, órgão, autônomo, auxiliar do Poder Judiciário, vinculado ao Ministério da Marinha no que se refere ao provimento de pessoal militar e de recursos orçamentários para pessoal e material destinados ao seu funcionamento, tem como atribuições julgar os acidentes e fatos da navegação marítima, fluvial e lacustre e as questões relacionadas com tal atividade, especificadas nesta Lei.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art. 1º O Tribunal Marítimo, com jurisdição em todo o território nacional, é órgão autônomo, auxiliar do Poder Judiciário na apreciação dos acidentes e fatos da navegação sobre água, vinculando-se ao Ministério da Marinha no que se refere ao provimento de recursos orçamentários para pessoal e material destinados ao seu funcionamento." (Redação da Lei nº LEI Nº 3.543, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1959)
(Redação original) - Art 1º O Tribunal Marítimo, órgão vinculado ao Ministério da Marinha, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional, compor-se-á de sete juízes.
Art. 2º O Tribunal Marítimo
compor-se-á de sete juízes a saber: (Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
a) um Presidente, Oficial-General do Corpo da Armada da ativa ou na inatividade; (Redação da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991
b) dois Juízes Militares,
Oficiais de Marinha, na inatividade; e
(Redação
da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991
(Redação anterior) - a) um Presidente, Oficial-General do Corpo da Armada, da Reserva Remunerada;(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
b) dois Juízes Militares, Oficiais de Marinha, da Reserva Remunerada;(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
c) quatro Juízes Civis.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
1° O Presidente do Tribunal Marítimo, indicado pelo Ministro da Marinha dentre os Oficiais-Generais do Corpo da Armada, da ativa ou na inatividade, será de livre nomeação do Presidente da República, com mandato de dois anos, podendo ser reconduzido, respeitado, porém, o limite de idade estabelecido para a permanência no Serviço Público.(Redação da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991)
(Redação anterior) -§ 1º O Presidente do Tribunal Marítimo, indicado pelo Ministro da Marinha dentre os Oficiais-Generais do Corpo da Armada, da Ativa ou da Reserva Remunerada, será de livre nomeação do Presidente da República com mandato de dois anos, podendo ser reconduzido, respeitado porém, os limites de idade estabelecidos para a permanência na Reserva Remunerada.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
§ 2º As nomeações dos Juízes
Militares e Civis serão feitas pelo Presidente da República, mediante
proposta do Ministro da Marinha, e atendidas as seguintes condições:(Redação
do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
a) para Juízes Militares,
Capitão-de-Mar-e-Guerra ou Capitão-de-Fragata da ativa ou na inatividade,
sendo um deles do Corpo da Armada e outro do Corpo de Engenheiros e Técnicos
Navais, subespecializado em máquinas ou casco.(Redação
da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991)
(Redação anterior) - a) para Juízes Militares, Capitão-de-Mar-e-Guerra ou Capitão-de-Fragata da Ativa ou da Reserva Remunerada, sendo um deles do Corpo da Armada e o outro do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, subespecializados em Máquinas ou Casco.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
b) para Juízes Civis:(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
1) dois bacharéis em Direito, de
reconhecida idoneidade, com mais de cinco anos de prática forense e idade
compreendida entre trinta e cinco e quarenta e oito anos, especializado um deles
em Direito Marítimo
e o outro em Direito Internacional Público;(Redação
do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
2) Um especialista em armação de
navios e navegação comercial, de reconhecida idoneidade e competência, com
idade compreendida entre trinta e cinco e quarenta e oito anos e com mais de
cinco anos de exercício de cargo de direção em empresa de navegação marítima;(Redação
do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
3) Um Capitão-de-Longo-Curso da
Marinha Mercante, de reconhecida idoneidade e competência, com idade
compreendida entre trinta e cinco e quarenta e oito anos e com mais de cinco
anos de efetivo comando em navios brasileiros de longo curso, sem punição
decorrente de julgamento em tribunal hábil.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
§ 3º A indicação a ser feita
pelo Ministro da Marinha para os cargos de Presidente e de Juiz Militar deverá
ser acompanhada, se se tratar de oficial da Ativa, da declaração dos
indicados de que concordam com a mesma.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
§ 4º Os Juízes Civis serão
nomeados mediante aprovação em concurso de títulos e provas, realizado
perante banca examinadora constituída pelo Presidente do Tribunal Marítimo;
por um Juiz do Tribunal Marítimo, escolhido em escrutínio secreto; por um
representante da Procuradoria do Tribunal Marítimo, designado pelo Ministro
da Marinha e, conforme for o caso, por um especialista em Direito Marítimo
ou em Direito Internacional Público, escolhido pelo Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil, ou por um representante da Comissão de Marinha
Mercante, designado pelo Presidente da referida Comissão.(Redação
do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
5° Quando na ativa, haverá
transferência para a inatividade:
(Redação
da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991
I - do Presidente, após
dois anos de afastamento, sendo agregado ao respectivo Corpo no período
anterior a esse prazo;(Redação
da
LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991
II - dos Juízes Militares, logo após a nomeação, na forma da legislação em vigor.(Redação da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991
(Redação anterior) - § 5º O Presidente e os Juízes Militares, caso estejam na Ativa, serão, logo após sua nomeação, transferidos para a Reserva Remunerada na forma da legislação em vigor.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
6º Os Juizes Militares, referidos na letra " b " do caput deste artigo, terão mandato de quatro anos, podendo ser reconduzidos, respeitado, porém, o limite de idade estabelecido para a permanência no serviço público.(Redação da LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997)
(Redação anterior) - § 6º Os Juízes Militares e Civis, referidos nas letras b e c do " caput " deste artigo, conservar-se-ão em seus cargos até atingirem a idade limite para permanência no Serviço Público.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
§ 7º Os Juízes Civis ficam impedidos de exercer advocacia ou de prestar serviços profissionais em favor de partes interessadas nas atividades de navegação.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
§ 8º Será eleito bienalmente um Vice-Presidente dentre os Juízes Militares e Civis, em escrutínio secreto.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
9º Os Juizes Civis, referidos na letra " c " do caput deste artigo, conservar-se-ão em seus cargos até atingirem a idade limite para permanência no serviço público.".(Redação da LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997)
(Redação anterior) - Art. 2º O Tribunal Marítimo compor-se-á de sete (7) Juízes, nomeados em caráter efetivo, que serão: (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
a) um (1) Oficial General do Corpo da Armada, que será seu Presidente; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
b) dois (2) Oficiais Superiores da Marinha de Guerra, da Ativa ou da Reserva Remunerada, sendo um do Corpo da Armada e o outro do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, subespecializados em Máquinas ou Casco; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
c) dois (2) bacharéis em Direito, especializados, um deles em Direito Marítimo e o outro em Direito Internacional Público; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
d) um especialista em armação de navios e navegação comercial; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
e) um Capitão de Longo Curso, da Marinha Mercante. (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 1º As nomeações serão feitas pelo Presidente da República, atendida a composição do Tribunal e observadas as condições de: (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
a) Oficial-General do Corpo da Armada, para o Juiz-Presidente; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
b) Capitão-de-Mar-e-Guerra ou Capitão-de-Fragata, da Ativa ou da Reserva Remunerada, aprovado no Curso de Comando da Escola de Guerra Naval, para o Oficial do Corpo da Armada e aprovado no Curso Especial da mesma Escola, para o do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
c) reconhecida idoneidade, mais de cinco (5) anos de prática forense e idade compreendida entre trinta e cinco (35) e quarenta e oito (48) anos, para os bacharéis em Direito; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
d) reconhecida idoneidade e competência, idade compreendida entre trinta e cinco (35) e quarenta e oito (48) anos e ter mais de cinco (5) anos em cargo de direção de empresa de navegação marítima, para o especialista em armação de navios e navegação comercial; (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
e) reconhecida idoneidade e competência, idade compreendida entre trinta e cinco (35) e quarenta e oito (48) anos e ter, no mínimo, cinco (5) anos de efetivo comando, nessa categoria, em navios brasileiros, sem punição decorrente de julgamento, para o Capitão de Longo Curso. (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 2º Os Juízes, com exceção do Presidente, serão nomeados mediante concurso de títulos e provas, realizado perante banca examinadora presidida pelo Juiz Presidente e constituída por um Juiz eleito pelo Tribunal, em escrutínio secreto; um representante da Procuradoria, designado pelo Ministro da Marinha; e ainda, conforme se trate do preenchimento de vaga relativa às alíneas b , c e d ou e , do parágrafo anterior respectivamente, de um Oficial Superior do Corpo da Armada ou do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, designado pelo Ministro da Marinha; de um especialista em Direito Marítimo ou Direito Internacional Público, escolhido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; e de um representante da Comissão de Marinha Mercante, designado pelo Presidente da mesma Comissão.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 3º Os Juízes Militares de que trata a alínea b do art. 2º, resguardada a situação dos atuais ocupantes, caso estejam na Ativa, serão logo após a nomeação transferidos para a Reserva Remunerada com todas as promoções e vantagens a que tiverem direito, na ocasião.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 4º Os Juízes Militares referidos nas alíneas a e b , do artigo 2º, permanecerão nos seus cargos, ainda depois de reformados, contanto que não tenham ultrapassado a idade limite para permanência no Serviço Público.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 5º O Vice-Presidente será eleito bienalmente, em escrutínio secreto.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 6º Os Juízes de que tratam as alíneas c , d e e , do art. 2º, ficam impedidos de exercer advocacia ou prestar serviços profissionais em favor de partes interessadas nas atividades da navegação.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
Art. 3º Os Juízes Militares e
Civis terão suplentes indicados pelo Ministro da Marinha e nomeados pelo
Presidente da República, com mandato de três anos, podendo ser reconduzidos,
e que funcionarão quando convocados pelo Presidente do Tribunal, nos casos
previstos no Regimento Interno.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
1° Os suplentes dos Juízes Militares serão Oficiais inativos da Marinha.(Redação da LEI N° 8.391, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991)
(Redação anterior) - § 1º Os suplentes dos Juízes Militares serão oficiais da Reserva Remunerada.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
§ 2º Para a nomeação dos
suplentes de que trata este artigo deverão ser observadas as mesmas condições
estabelecidas no § 2º do Art. 2º desta lei, atendida a ressalva feita no
parágrafo anterior.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE
NOVEMBRO DE 1966)
§ 3º Nenhum direito ou vantagem terá o suplente, além de vencimento do cargo de substituto, e somente durante o seu impedimento legal.(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
(Redação anterior) - Art. 3º Com exceção dos Juízes Militares, os demais Juízes terão suplentes nomeados pelo Presidente da República, com mandato de três (3) anos, podendo ser reconduzidos, os quais funcionarão quando convocados pelo Presidente do Tribunal, nos casos previstos no Regimento Interno.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 1º Quando a necessidade se apresentar com relação aos Juízes Militares (alínea b do artigo 2º), o Ministro da Marinha designará os suplentes necessários, por solicitação do Presidente do Tribunal.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
2º Para a nomeação ou designação dos suplentes de que trata este artigo, deverão ser observados, com exceção do concurso, os mesmos requisitos exigidos para "os Juízes Efetivos".(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987) - Art 4º Haverá junto ao Tribunal Marítimo uma procuradoria composta de dois procuradores e dois adjuntos de procurador, os quais exercerão os seus cargos em caráter efetivo.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987)Art 5º Para a defesa dos acusados que não disponham de recursos, bem como para o exercício de outras atribuições fixadas em lei, haverá junto ao Tribunal Marítimo dois advogados de ofício.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987)Art. 6º Os Advogados-de-Ofício serão nomeados dentre os candidatos habilitados em concurso de provas. (Redação do DECRETO-LEI Nº 383, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1968)
§ 1º Compete ao Procurador-Chefe designar a comissão de concurso, a qual obrigatoriamente, se integrará de dois advogados, especialistas, um, em Direito Marítimo, e, outro, em Direito Internacional Público, indicados pela Seção local da Ordem dos Advogados do Brasil.(Redação do DECRETO-LEI Nº 383, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1968)
§ 2º A comissão, presidida pelo Procurador-Chefe, incumbirá a elaboração do regulamento do concurso e a realização das provas, que serão, todas, escritas.(Redação do DECRETO-LEI Nº 383, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1968)
§ 3º somente poderão inscrever-se no concurso bacharéis em Direito, que contem, no mínimo, três anos de prática forense.(Redação do DECRETO-LEI Nº 383, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1968)
§ 4º O concurso será válido por três anos".(Redação do DECRETO-LEI Nº 383, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1968)(Redação anterior) - Art. 6º Os advogados de ofício serão nomeados mediante concurso de provas realizado perante banca examinadora presidida pelo Presidente do Tribunal e constituída por um Juiz eleito pelo Tribunal, em escrutínio secreto, um representante da procuradoria, designado pelo Ministro da Marinha, e um especialista em Direito Marítimo ou Direito Internacional Público, indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
§ 1º O Presidente do Tribunal presidirá a banca examinadora sem direito de voto.
§ 2º Os candidatos aprovados serão nomeados segundo a ordem rigorosa de classificação.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987)Art 7º Os adjuntos de procurador serão nomeados dentre os advogados de ofício alternadamente, por antigüidade e por merecimento, e os procuradores mediante promoção, na mesma forma dos adjuntos de procurador, cabendo num caso e noutro a primeira nomeação ao mais antigo.
Art 8º Não poderão ter
assento no Tribunal Marítimo, simultaneamente, parentes ou afins até o
segundo grau.
§ 1º A proibição estende-se aos
adjuntos de procurador e advogados de ofício.
§ 2º A incompatibilidade resolver-se-á antes da posse contra o último nomeado, ou contra o mais moço caso sejam da mesma data as nomeações.
Art. 9º Para a execução dos serviços processuais, técnicos e administrativos, o Tribunal Marítimo terá uma Secretaria constituída de quatro (4) Divisões.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 9º Para a execução dos serviços processuais, técnicos e administrativos, o Tribunal Marítimo terá uma secretaria constituída de cinco divisões.
Art 10. O Tribunal Marítimo
exercerá jurisdição sobre:
a) embarcações mercantes de qualquer nacionalidade, em águas brasileiras;
b) embarcações mercantes brasileiras em alto mar, ou em águas estrangeiras;
c) embarcações mercantes estrangeiras em alto mar, no caso de estarem envolvidas em qualquer acidente marítimo ou incidente de navegação, no qual tenha pessoa física brasileira perdido a vida ou sofrido ferimentos graves ou que tenham provocado danos graves a navios ou a instalações brasileiras ou ao meio marinho, de acordo com as normas do Direito Internacional; (Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
(Redação anterior) - c) embarcações mercantes estrangeiras, em alto mar, nos casos de abalroação com embarcações brasileiras, de acordo com as normas do Direito Internacional;
d) o pessoal da Marinha Mercante brasileira;
e) os marítimos estrangeiros, em território ou águas territoriais brasileiras;
f) os proprietários, armadores,
locatários, carregadores, agentes e consignatários de embarcações
brasileiras e seus prepostos;
g) agentes ou consignatários no Brasil de empresa estrangeira de navegação;
h) empreiteiros ou proprietários de
estaleiros, carreiras, diques ou oficinas de construção ou reparação naval
e seus prepostos.
i) os proprietários, armadores,
locatários, carregadores consignatários, e seus prepostos, no Brasil de
embarcações mercantes estrangeiras;(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
j) Os empreiteiros e proprietários
de construções executadas sob, sobre e às margens das águas interiores e
do mar territorial brasileiros, sob e sobre a zona econômica exclusiva e a
plataforma continental brasileiras e que, por erro ou inadequação, de
projeto ou execução ou pela não observância de especificações técnicas
de materiais, métodos e processos adequados, ou, ainda, por introduzir
modificações estruturais não autorizadas nas obras originais, atentem
contra a segurança da navegação;(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
l) toda pessoa jurídica ou física
envolvida, por qualquer forma ou motivo, em acidente ou fato da navegação,
respeitados os demais instrumentos do Direito Interno e as normas do Direito
Internacional;(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
m) ilhas artificiais, instalações estruturas, bem como embarcações de qualquer nacionalidade empregadas em operações relacionadas com pesquisa científica marinha, prospecção, exploração, produção, armazenamento e beneficiamento dos recursos naturais, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental brasileiros, respeitados os acordos bilaterais ou multilaterais firmados pelo País e as normas do Direito Internacional."(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
Art 11. Considera-se embarcação
mercante toda construção utilizada como meio de transporte por água, e
destinada à indústria da navegação, quaisquer que sejam as suas características
e lugar de tráfego.
Parágrafo único. Ficam-lhe
equiparados:
a) os artefatos flutuantes de habitual locomoção em seu emprego;
b) as embarcações utilizadas na
praticagem, no transporte não remunerado e nas atividades religiosas,
cientificas, beneficentes, recreativas e desportivas;
c) as empregadas no serviço público, exceto as da Marinha de Guerra;
d) as da Marinha de Guerra, quando utilizadas total ou parcialmente no transporte remunerado de passageiros ou cargas;
e) as aeronaves durante a flutuação
ou em vôo, desde que colidam ou atentem de qualquer maneira contra embarcações
mercantes.
f) os navios de Estados estrangeiros
utilizados para fins comerciais".(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
Art 12. O pessoal da Marinha
Mercante considera-se constituído:
a) por todos quantos exercem
atividades a bordo das embarcações mercantes;
b) pelo pessoal da praticagem;
c) pelos que trabalham em
estaleiros, diques, carreiras e oficinas de construção e reparação naval;
d) pelo pessoal das administrações
dos portos organizados;
e) pelos trabalhadores de estiva e
capatazia;
f) pelos pescadores;
g) pelos armadores.
h) pelos mergulhadores;(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
i) pelos amadores.(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
Parágrafo único. Equiparam-se aos
marítimos aqueles que, sem matrícula, estejam de fato em qualquer função
que deva ser exercida por marítimo.
Art 13. Compete ao Tribunal
Marítimo:
I - julgar os acidentes e fatos da navegação;
a) definindo-lhes a natureza e
determinando-lhes as causas, circunstâncias e extensão;
b) indicando os responsáveis e
aplicando-lhes as penas estabelecidas nesta lei;
c) propondo medidas preventivas e de
segurança da navegação;
II - manter o registro geral:
a) da propriedade naval;
b) da hipoteca naval e demais ônus sobre embarcações brasileiras;
c) dos armadores de navios
brasileiros.
Art 14. Consideram-se
acidentes da navegação:
a) naufrágio, encalhe, colisão,
abalroação, água aberta, explosão, incêndio, varação, arribada e
alijamento;
b) avaria ou defeito no navio nas
suas instalações, que ponha em risco a embarcação, as vidas e fazendas de
bordo.
Art 15. Consideram-se fatos
da navegação:
a) o mau aparelhamento ou a
impropriedade da embarcação para o serviço em que é utilizada, e a deficiência
da equipagem;
b) a alteração da rota;
c) a má estimação da carga, que
sujeite a risco a segurança da expedição;
d) a recusa injustificada de
socorrro a embarcação em perigo;
e) todos os fatos que prejudiquem ou
ponham em risco a incolumidade e segurança da embarcação, as vidas e
fazendas de bordo.
f) o emprego da embarcação,
no todo ou em parte, na prática de atos ilícitos, previstos em lei como
crime ou contravenção penal, ou lesivos à Fazenda Nacional."(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
Art 16. Compete ainda ao
Tribunal Marítimo:
a) determinar a realização de
diligências necessárias ou úteis à elucidação de fatos e acidentes da
navegação;
b) delegar atribuições de instrução;
c) proibir ou suspender por medida
de segurança o tráfego de embarcações, assim como ordenar pelo mesmo
motivo o desembarque ou a suspensão de qualquer marítimo;
d) processar e julgar recursos
interpostos nos termos desta lei;
e) dar parecer nas consultas
concernentes à Marinha Mercante, que lhe forem submetidas pelo Governo.
f) funcionar, quando nomeado pelos
interessados, como juízo arbitral nos litígios patrimoniais conseqüentes a
acidentes ou fatos da navegação;
g) propor ao governo que sejam
concedidas recompensas honoríficas ou pecuniárias aqueles que tenham
prestado serviços relevantes à Marinha Mercante, ou hajam praticado atos de
humanidade nos acidentes e fatos da navegação submetidos a julgamento;
h) sugerir ao governo quaisquer
modificações à legislação da Marinha Mercante, quando aconselhadas pela
observação de fatos trazidos à sua apreciação;
i) executar, ou fazer executar, as
suas decisões definitivas;
j) dar posse aos seus membros e
conceder-lhes licença;
k) elaborar, votar, interpretar e
aplicar o seu regimento.
l ) eleger seu
Vice-Presidente.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
Art 17. Na apuração da
responsabilidade por fatos e acidentes da navegação, cabe ao Tribunal Marítimo
investigar:
a) se o capitão, o prático, o
oficial de quarto, outros membros da tripulação ou quaisquer outras pessoas
foram os causadores por dolo ou culpa;
b) se foram fielmente cumpridas,
para evitar abalroação, as regras estabelecidas em convenção internacional
vigente, assim como as regras especiais baixadas pela autoridade marítima
local, e concernentes à navegação nos portos, rios e águas interiores;
c) se deixou de ser cumprida a
obrigação de prestar assistência, e se o acidente na sua extensão teria
sido evitado com a assistência solicitada em tempo, mas não prestada;
d) se foram fielmente aplicadas as
disposições de convenção concernentes à salvaguarda da vida humana no mar
e as das leis e regulamentos complementares;
e) se o proprietário, armador ou
afretador infringiu a lei ou os regulamentos, instruções, usos e costumes
pertinentes aos deveres que a sua qualidade lhes impõe em relação à navegação
e atividades conexas;
f) se nos casos de acidentes ou fato da navegação de que possa resultar a classificação de danos e despesas como avaria comum, se apresentam os requisitos que autorizam a regulação.
Art. 18. As decisões do Tribunal Marítimo quanto à matéria técnica referente aos acidentes e fatos da navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo porém suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário."(Redação da LEI Nº 9.578, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997)
(Redação anterior) - Art. 18. As decisões do Tribunal Marítimo, nas matérias de sua competência, tem valor probatório e se presumem certas, sendo suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário somente nos casos previstos na alínea a do inciso III do art. 101 da Constituição.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação original) - Art 18. As decisões do Tribunal Marítimo quanto à matéria técnica referente aos acidentes e fatos da navegação têm valor probatório e se presumem certas, sendo suscetíveis de reexame pelo Poder Judiciário somente quando forem contrárias a texto expresso da lei, prova evidente dos autos, ou lesarem direito individual.
Art. 19. Sempre que se discutir em juízo uma questão decorrente de matéria da competência do Tribunal Marítimo, cuja parte técnica ou técnico-administrativa couber nas suas atribuições, deverá ser juntada aos autos a sua decisão definitiva.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 19. Sempre que se discutir em juízo uma questão decorrente de acidente ou fato da navegação sobre água cuja parte técnica ou técnico-administrativa couber nas atribuições do Tribunal Marítimo, deverá ser junta aos aos autos a sua decisão definitiva.
Art 20. Não corre a prescrição
contra qualquer dos interessados na apuração e nas conseqüências dos
acidentes e fatos da navegação por água enquanto não houver decisão
definitiva do Tribunal Marítimo.
Art 21. Nos processos
instaurados perante o Tribunal Marítimo em que houver crime ou contravenção
a punir, nem esta nem alquile impedem o julgamento do que for da sua competência,
mas finda a sua ação, ou desde logo, sem prejuízo dela, serão remetidas,
em traslado, as peças necessárias à ação da Justiça.
Art 22. Compete ao
presidente:
a) dirigir os trabalhos do Tribunal,
presidir às sessões, propor as questões e apurar o vencido;
b) votar somente em caso de empate;
c) distribuir os processos e
consultas pelos juízos e proferir os despachos de expedientes;
d) convocar sessões extraordinárias;
e) ordenar a restauração de autos
perdidos;
f) admitir recursos, designando-lhes
relator;
g) deferir ou denegar o registro da
propriedade marítima e a averbação de hipoteca e demais ônus reais sobre embarcações bem como o registro de armadores nacionais;
h) representar o Tribunal e dirigir,
coordenar e controlar os seus serviços;
i) praticar todos os atos de direção decorrentes da legislação em vigor para os servidores públicos federais;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - i) impor penas disciplinares;
j) exercer as demais atribuições fixadas no regimento do Tribunal.
k) propor ao Presidente da República,
por intermédio do Ministro da Marinha, os servidores que devam ocupar os
cargos em Comissão, bem como os que devam ser promovidos."(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
Parágrafo único. Ao vice-presidente cabe substituir o presidente em suas faltas e impedimentos.
Art. 23. O Presidente terá um assistente de sua confiança, designado dentre os funcionários do Tribunal".(Redação do DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966)
(Redação anterior) - Art. 23. O Presidente terá um Gabinete constituído por um Assistente Militar e praças designados pelos órgãos competentes do Ministério da Marinha, devendo ter, ainda, um Assistente Civil de sua confiança, designado dentre os funcionários do Tribunal.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação original) - Art 23. O presidente terá um assistente de sua confiança, designado dentre os funcionários do Tribunal.
Parágrafo único. O Assistente
Militar acumulará as funções de Chefe de Gabinete."(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
Art 24. Ao juiz do Tribunal
Marítimo compete:
a) dirigir os processos que lhe
forem distribuídos, proferindo neles os despachos interlocutórios;
b) presidir aos atos de instrução,
funcionando como interrogante;
c) orientar os processos por forma a
assegurar-lhes andamento rápido sem prejuízo da defesa dos interessados e da
finalidade do Tribunal;
d) requisitar de qualquer repartição
pública, entidade autárquica e paraestatal, sociedade de economia mista e,
em geral, de qualquer empresa vinculada à indústria da navegação e serviços
complementares ou conexos, informações, esclarecimentos, documentos e o mais
necessário à instrução dos processos;
e) admitir a defesa bem com a
intervenção de terceiros interessados ou prejudicados nos processos de que for
relator;
f) apresentar ao Tribunal os
processos prontos para julgamento;
g) discutir as questões, e julgá-las,
atendendo aos fatos e circunstâncias emergentes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes e formando livremente, na apreciação da prova, o seu
convencimento;
h) justificar o voto por escrito,
quando vencido e servir de relator quando vencedor;
i) relatar as consultas que lhe
forem distribuídas;
j) exercer as demais atribuições
fixadas no regimento do Tribunal.
Art 25. O juiz suplente, em
exercício, terá as atribuições e vantagens do juiz efetivo.
Art 26. O juiz que se
declarar suspeito ou impedido motivará o despacho. Se a suspeição ou o
impedimento for de natureza íntima, comunicará os motivos ao presidente do
Tribunal.
Art 27. É vedado ao juiz do
Tribunal Marítimo:
a) exercer, ainda que em
disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo o magistério secundário
e superior e os casos previstos na Constituição para os magistrados sob pena
de perda do cargo;
b) exercer atividade político-partidária.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987) - Art 28. À Procuradoria compete:
a) promover, mediante representação do Tribunal, os processos da competência deste, e acompanhá-los em todas as suas fases;
b) requerer o arquivamento de inquéritos;
c) oficiar nos processos promovidos mediante representação de interessados ou do Ministério da Marinha, ou por decisão do Tribunal, acompanhando-os em todas as fases como se se tratasse de processo da sua iniciativa;
d) oficiar em todas as consultas feitas ao Tribunal;
e) oficiar em todos os processos de registro de propriedade, de hipoteca e demais ônus reais sobre embarcação;
f) velar pela fiel observância das leis e dos regulamentos.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987) - Art 29. O adjunto de procurador exercerá as funções de procurador nos processos e consultas que lhe forem distribuídos, e lhe caberá substituir ao procurador nos processos em que este ocasionalmente não puder funcionar.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987)Art 30. Ao advogado de ofício incumbe:
I - defender:
a) os acusados com direito a justiça gratuita;
b) os revéis, os ausentes ou foragidos;
c) os que o Tribunal considerar indefesos;
II - servir de curador nos casos de direito.
§ 1º Nenhum acusado, ainda que revel, ausente ou foragido, será processado e julgado sem defensor.
§ 2º Se o acusado não tiver advogado ser-lhe-á nomeado advogado de ofício, ressalvado o seu direito de a todo tempo nomear outro da sua confiança.
§ 3º É vedado ao advogado de ofício exercer perante o Tribunal advocacia por mandato de parte interessada.
Art 31. O patrocínio das
causas no Tribunal Marítimo é privativo dos advogados e solicitadores
provisionados, inscritos em qualquer seção da Ordem dos Advogados do Brasil.
Parágrafo único. As proibições e
impedimentos de advocacia no Tribunal Marítimo regem-se pelo disposto no
Regulamento da Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 32. A Secretaria é o órgão
de execução dos serviços processuais, técnicos e administrativos
decorrentes das atribuições do Tribunal; será dirigida por um bacharel em
Direito que exercerá o cargo de Diretor-Geral e terá a seguinte composição:(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
I - Divisão de Acidentes e Fatos da
Navegação;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
II - Divisão de Registro da
Propriedade Marítima;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
III - Divisão de Jurisprudência e
Documentação; e (Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
IV - Divisão de Administração.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
(Redação anterior) - Art 32. A Secretaria é o órgão de execução dos serviços processuais, técnicos e administrativos, decorrentes das atribuições do Tribunal, e terá a seguinte composição:
I - Divisão de Acidentes;
II - Divisão de Registro da Propriedade Marítima;
III - Divisão de Jurisprudência e Documentação;
IV - Divisão de Administração;
V - Serviços Auxiliares.
§ 1º Os trabalhos e encargos das
divisões e serviços da Secretaria serão, segundo sua natureza e vulto,
distribuídos em seções e turmas, na forma do que for disposto pelo
regimento do Tribunal.
2º As atribuições do Diretor-Geral da Secretaria, das divisões, serviços, seções e turmas serão minuciosamente fixadas no Regimento Interno."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - § 2º As atribuições do diretor da secretaria, das divisões, serviços, seções e turmas, serão minuciosamente fixadas no regimento.
Art 33. Sempre que chegar ao
conhecimento de uma capitania de portos qualquer acidente ou fato da navegação
será instaurado inquérito.
§ 1º Será competente para o inquérito:
a) a capitania em cuja jurisdição
tiver ocorrido o acidente ou fato da navegação;
b) a capitania do primeiro porto de
escala ou arribada da embarcação;
c) a capitania do porto de inscrição
da embarcação;
d) qualquer outra capitania
designada pelo Tribunal.
§ 2º Se qualquer das capitanias a
que se referem as alíneas a, b e c, do parágrafo precedente não
abrir inquérito dentro de cinco dias contados daquele em que houver tomado
conhecimento do acidente ou fato da navegação, a providência será
determinada pelo Ministro da Marinha ou pelo Tribunal Marítimo, sendo a decisão
deste adotada mediante provocação da Procuradoria, dos interessados ou de
qualquer dos juizes.
Art 34. Verificar-se-á a
competência por prevenção desde que, sendo mais de uma capitania
competente, houver uma delas em primeiro lugar, tomado conhecimento do
acidente ou fato da navegação, iniciando, desde logo, o inquérito.
Parágrafo único. Qualquer dúvida sobre a competência para a instauração de inquérito será dirimida, sumariamente,
pelo Tribunal Marítimo.
Art 35. São elementos
essenciais nos inquéritos sobre acidentes e fatos da navegação:
a) comunicação ou relatório do
capitão ou mestre da embarcação, ou parte de qualquer dos interessados, ou
determinação ex-offício ;
b) depoimento do capitão ou mestre,
do prático e das pessoas da tripulação que tenham conhecimento do acidente
ou fato da navegação a ser apurado;
c) depoimento de qualquer
testemunha idônea;
d) esclarecimento dos
depoentes e acareação de uns com outros, quando necessário;
e) cópias autênticas dos
lançamentos diários de navegação e máquina, referentes ao acidente ou
fato a ser apurado, e a um período de pelo menos vinte e quatro horas
anteriores a tal acidente ou fato, salvo no caso de embarcação dispensada
dos lançamentos aludidos quando serão investigados e reconstituídos os
pormenores da navegação, rumos, manobras, sinais, etc., mediante depoimentos
do capitão ou mestre, e tripulante;
f) exame pericial feito
depois do acidente ou fato da navegação, e juntada do respectivo laudo ao
inquérito;
g) juntada ao inquérito
dos últimos termos de vistoria a que se houver submetido a embarcação, em seco
e flutuando, antes do acidente ou fato a ser apurado, bem como cópia do termo
de inscrição, caso a embarcação não seja registrada no Tribunal
Marítimo;
h) juntado ao inquérito,
sempre que possível, do manifesto de carga, com esclarecimentos sobre a
forma pela qual se achava tal carga estivada, e, se tiver havido alijamento,
juntada ainda ao inquérito de informações concretas sobre a natureza e
quantidade da carga alijada e sobre o cumprimento das prescrições legais a esse
respeito.
Parágrafo único. A autoridade
encarregada do inquérito poderá:
a) ordenar diligências suscetíveis
de contribuir para o esclarecimento da matéria investigada;
b) requisitar de outra qualquer
autoridade informações e documentos que não possam ser obtidos das
autoridades navais.
Art 36. Poderá o Tribunal
Marítimo baixar provimento em que fixe, para cada acidente ou fato da navegação,
a matéria a ser apurada pela capitania de portos que haja de proceder ao inquérito.
Art 37. Cabe à autoridade
encarregada do inquérito, quando concluídas as diligências, fazer no prazo
de dez dias um minucioso relatório do que tiver sido apurado.
Art 38. Sempre que o relatório
da autoridade encarregada do inquérito apontar possíveis responsáveis pelo
acidente ou fato da navegação, terão eles o prazo de dez dias contado
daquele em que se der ciência das conclusões do relatório, para a apresentação
de defesa prévia.
Art 39. O inquérito,
encerrado, será enviado com urgência ao Tribunal Marítimo.
Art 40. Quando ocorre sinistro com embarcação brasileira em águas estrangeiras, o inquérito será
realizado pela autoridade consular da zona, a qual cumprirá também efetuar todas
as diligências determinadas pelo Tribunal Marítimo.
Parágrafo único. Cumpre ao cônsul
que abrir o inquérito:
I - nomear peritos para os exames técnicos
necessários, obedecendo a escolha à seguinte ordem:
a) dois oficiais da armada nacional,
caso haja algum navio de guerra no porto ou em águas da sua jurisdição;
b) dois capitães de marinha
mercante estrangeira;
II - ordenar, em nome do Tribunal
Marítimo, mediante prévia comunicação a este, o desembarque imediato do
capitão ou de qualquer membro da tripulação, quando tal providência for essencial aos
interesses nacionais e à apuração da responsabilidade do
sinistro.
Art. 41. O processo perante o
Tribunal Marítimo se inicia:(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
I - por iniciativa da Procuradoria;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
II - por iniciativa da parte
interessada;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
III - por decisão do próprio
Tribunal.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 1º O caso do número II dar-se-á:(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
a) por meio de representação,
devidamente instruída, quando se tratar de acidente ou fato da navegação,
no decorrer dos trinta (30) dias subseqüentes ao prazo de cento e oitenta
(180) dias da sua ocorrência, se até o final deste, não houver entrado no
Tribunal o inquérito respectivo;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
b) Por meio de representação, nos
autos de inquérito, dentro do prazo de dois (2) meses, contado do dia em que
os autos voltarem da Procuradoria, quando a promoção for pelo arquivamento,
ou ainda no curso do processo dentro do prazo de três (3) meses, contado do
dia da abertura da instrução, ou até a data de seu encerramento, se menor for
a sua duração.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 2º No caso da alínea a do parágrafo anterior, se achar o
Tribunal que há elementos suficientes, determinará o prosseguimento e tomará
as providências para o recebimento do inquérito, cujos autos serão
incorporados aos da representação, procedendo-se, então, na forma do art.
42 e dos ulteriores termos processuais.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 3º Em se tratando da hipótese
prevista na primeira parte da alínea b ,
do § 1º, os autos permanecerão em Secretaria durante alquile prazo, findo o
que serão conclusos ao relator.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 4º Em qualquer caso, porém, os prazos fixados no § 1º são peremptórios e só serão contemplados uma vez, não se renovando em outras fases de instrução que porventura venham a ocorrer.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 41. O processo perante o Tribunal Marítimo se inicia:
a) em virtude de representação do interessado;
b) por iniciativa da Procuradoria;
c) por decisão do próprio Tribunal.
Art. 42. Feita a distribuição e a
autuação, em se tratando de inquérito ou de representação, o relator
designado dará vista dos autos à Procuradoria, para que esta, em dez (10)
dias, contados daquele em que os tiver recebido, oficie por uma das formas
seguintes:(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
a) oferecendo representação ou
pronunciando-se sobre a que tenha sido oferecida pela parte;(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
b) pedindo em parecer fundamentado,
o arquivamento do inquérito;(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
c) opinando pela incompetência do Tribunal e requerendo a remessa dos autos a quem de direito."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 42. Recebido o inquérito ou a representação de que trata o artigo precedente será imediatamente feita a sua distribuição, cabendo ao relator designado ordenar, em seguida a notificação, por edital, de todos os possíveis interessados no acidente ou fato em apuração.
(Suprimido pela LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966) - Parágrafo único. O prazo do edital que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, será fixado pelo relator.
(Revogado pela LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966) - Art 43. No prazo marcado, qualquer interessado poderá oferecer representação, com fundamento no inquérito e outros elementos de prova. Esgotado, porém, o prazo que é de caducidade, só caberá a iniciativa da Procuradoria.
Art 44. As representações
oriundas do mesmo inquérito constituirão processos conexos, que terão o
mesmo relator e serão instruídos e julgados conjuntamente.
Art 45. Nos feitos de
iniciativas privada, a representação ou contestação só poderá ser
oferecido por quem tiver legítimo interesse econômico ou moral no
julgamento do acidente ou fato da navegação.
Art. 46. No curso da ação privada é lícito às partes desistirem, mas o processo prosseguirá, nos termos em que o Tribunal decidir na homologação, como se fosse de iniciativa da Procuradoria."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
Art 46. Findo o prazo do edital de notificação, o processo irá com vista à Procuradoria que, em dez (10) dias, contados daquele em que o tiver recebido, oficiará por uma das formas seguintes:
a) oferecendo representação, ou aditando a que tenha sido oferecida pela parte;
b) pedindo, em parecer motivado o arquivamento do processo;
c) opinando pela incompetência do Tribunal e requerendo a remessa do processo a quem de direito.
Art 47. No processo iniciado
em virtude de representação do interessado, admitir-se-á o litisconsórcio
ativo ou passivo, fundado na comunhão ou identidade de interesse.
§ 1º O direito de promover os atos
dos processos, cabe indistintamente a qualquer dos litisconsortes, e quando um
deles citar ou intimar a parte contrária, deverá também citar ou intimar
os colitigantes.
§ 2º Quando o litígio tiver de
ser resolvido de modo uniforme para todos os litisconsortes, serão
representados pelos demais os revéis ou foragidos, ou os que houverem perdido
algum prazo.
§ 3º Quando a decisão puder
influir na relação jurídica entre qualquer das partes e terceiro, será lícito
a este intervir em qualquer fase do processo como litisconsorte, aceitando a
causa no estado em que ela se encontrar.
Art 48. No processo de ação
pública, qualquer interessado poderá intervir apenas como assistente da
Procuradoria ou do acusado.
§ 1º O assistente será admitido
enquanto a decisão não passar em julgado, e receberá a causa no estado em
que ela se achar.
§ 2º O co-representante não poderá,
no mesmo processo, intervir como assistente da Procuradoria.
§ 3º Ao assistente será permitido
propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, participar do
debate oral, arrazoar os recursos interpostos pelo assistido e recorrer, por
sua vez, caso não o tenha feito o assistido.
§ 4º O fato prosseguirá
independentemente de nova intimação do assistente, quando este, uma vez
intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos processuais, sem motivo de força
maior.
Art 49. Recebida pelo
Tribunal a representação, o relator do processo o fará prosseguir nos termos
desta lei.
Art 50. Quando a Procuradoria
requerer o arquivamento do processo, o Tribunal, se julgar improcedentes as
razões invocadas para o pedido, ordenará a volta do processo à
Procuradoria, a fim de que esta proceda na forma da letra c do
art. 28.
Art 51. Quando a Procuradoria
opinar pela incompetência do Tribunal, o processo será concluso ao relator,
que o apresentará ao Tribunal para seu conhecimento e decisão.
Parágrafo único. Se o Tribunal
afirma a sua competência na espécie, será o processo enviado à
Procuradoria, que deverá proceder na forma das letras a ou b do art. 28.
Art 52. Nos casos do art. 50
e parágrafo único do art. 56, o procurador terá o prazo de cinco dias para
oferecer representação.
Art. 53. Recebida a representação ou negado o arquivamento do inquérito, determinará o relator a notificação do acusado: por mandado ou com hora certa, se residente no Estado da Guanabara; por delegação de atribuições ao Capitão do porto em cuja jurisdição residir o representado, se fora daquele Estado; por delegação de atribuições ao agente consular brasileiro em cujo país residir o representado, se fora do Brasil; e por edital, se ignorado, desconhecido ou incerto o local de permanência."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 53. Recebida a representação ou negado o arquivamento do inquérito, determinará o relator a notificação do acusado por mandado, se residente no Distrito Federal, por carta registrada com recibo de volta, ou por telegrama, se residente fora da capital do país, ou por edital, se o notificado não tiver lugar certo de permanência.
Art 54. Será necessária a
citação, sob pena de nulidade, no início da causa ou da execução, caso em
que se fará por guia de sentença.
Art 55. A citação, a notificação e a intimação serão cumpridas com as formalidades estabelecidas no regimento do Tribunal.
Art 56. Dentro em quinze dias
da notificação poderá o notificado oferecer defesa escrita, juntando e
indicando os meios de prova que entender convenientes.
Parágrafo único. A decisão do Tribunal só poderá versar sobre os fatos constantes da representação ou da defesa.
Art 57. São admissíveis no
Tribunal todas as espécies de prova reconhecidas em direito.
Art 58. O fato alegado por
uma das partes que a outra não contestar será admitido como verídico, se o
contrário não resultar do conjunto das provas. A prova do inquérito será
aceita enquanto não destruída por prova contrária.
Art 59. O Juiz ou o Tribunal
poderá ouvir terceiro a quem as partes ou testemunhas se hajam referido como
sabedor de fatos ou circunstâncias que influam na decisão do feito, ou
ordenar que exibam documento que a esta interesse.
Art 60. Independerão de
provas os fatos notórios.
Art 61. alquile que alegar
direito estadual, municipal, costumeiro, singular ou estrangeiro, deverá
provar-lhe o teor e a vigência salvo se o Tribunal dispensar a prova.
Art 62. No exame das provas
de atos e contratos, guardar-se-á o que em geral e especialmente prescrevem
as leis que os regulam.
Art 63. A prova que tiver de
produzir-se fora da sede do Tribunal será feita mediante delegação de
atribuições de instrução ao capitão de portos ou agente consular
brasileiro.
Art 64. No que concerne às
diversas espécies de provas serão obedecidas as regras do processo comum, na
forma estabelecida pelo regimento do Tribunal.
Art 65. Finda a instrução,
será aberta vista dos autos por 10 (dez) dias, sucessivamente, ao autor e ao
representando para que aduzam, por escrito, alegações finais, e em seguida
serão os autos conclusos ao relator para pedido de julgamento.
Art 66. Antes de pedir
julgamento, o relator:
a) mandará sanar qualquer omissão
legal ou processual;
b) ordenará, de ofício, qualquer
diligência ou prova necessária ao esclarecimento da causa.
Art 67. O relator terá 10 (dez) dias a fim de estudar os autos que lhe forem conclusos para pedido de julgamento afora o tempo consumido nos atos a que se refere o artigo precedente.
Art 68. O julgamento do
processo obedecerá às seguintes normas:
a) relatório;
b) sustentação das alegações
finais, sucessivamente, pelas partes;
c) conhecimento das preliminares
suscitadas e dos agravos;
d) discussão da matéria em
julgamento;
e) decisão, iniciando-se a votação
pelo relator, e seguido este pelos demais juízes, a partir do mais moderno
no cargo.
§ 1º Antes de iniciada a votação,
poderá qualquer juiz pedir vista do processo até a sessão imediata e,
excepcionalmente, pelo prazo que lhe for concedido pelo Tribunal.
§ 2º Iniciada a votação, nenhum
juiz poderá mais se manifestar, salvo para justificar o voto.
Art 69. Proferido o
julgamento, o presidente anunciará a decisão, designado para redigir o acórdão
ao relator ou vencido este, ao juiz cujo voto tiver prevalecido.
Art 70. Se houver empate, o
presidente desempatará de acordo com a sua convicção.
Art. 71. O Tribunal só poderá deliberar com a presença de, pelo menos, metade e mais um dos seus membros, sendo as questões decididas por maioria de votos".(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 71. As votações do Tribunal serão tomadas por maioria absoluta de votos.
Art 72. O julgamento poderá
ser convertido em diligencia a critério do Tribunal em virtude de proposta
de um dos juizes, apresentada antes de iniciar-se a votação.
Parágrafo único. A diligência será
promovida pelo relator e, uma vez cumprida, ouvidas as partes, será o
processo submetido ao plenário para prosseguimento do julgamento.
Art 73. O acórdão será
publicado em sessão do Tribunal, nos dez dias seguintes ao julgamento,
remetendo-se cópia para a publicação no órgão oficial.
Art 74. Em todos os casos de
acidente ou fato da navegação, o acórdão conterá:
a) a definição da natureza do
acidente ou fato e as circunstâncias em que se verificou;
b) a determinação das causas;
c) a fixação das
responsabilidades, a sanção e o fundamento desta;
d) a indicação das medidas
preventivas e de segurança da navegação, quando for o caso.
Art 105. Os recursos
admitidos são os seguintes:
a) embargos de nulidade ou
infringentes;
b) agravo;
c) embargos de declaração.
Art 106. É passível de
embargos a decisão final sobre o mérito do processo, versando os embargos
exclusivamente matéria nova, ou baseando-se em prova posterior ao
encerramento da fase probatória, ou ainda, quando não unânime a decisão,
e, neste caso, serão os embargos restritos à matéria objeto da divergência.
Art 107. Os embargos, que
deverão ser opostos nos dez dias seguintes ao da publicação do acórdão no
órgão oficial, serão deduzidos por artigos.
Art 108. Admitido o recurso e
designado novo relator, o embargado terá o prazo de dez dias para oferecer a
impugnação.
§ 1º O prazo para o preparo do
recurso será de três dias contados da ciência do recebimento, sob pena de
deserção.
§ 2º Se a Procuradoria oficiar no
processo somente como fiscal da lei, terá, por último, vista dos autos para
dizer sobre os embargos.
§ 3º A seguir, os autos serão
conclusos ao relator para pedido de julgamento.
Art 109. No julgamento dos
embargos observar-se-á o estabelecido no art. 68.
Art 110. Despresados os embargos, e publicado o acórdão no órgão oficial, a decisão produzirá todos os efeitos.
Art 111. Caberá agravo para
o Tribunal por simples petição:
I - Dos despachos e decisões dos juízes:
a) que não admitirem a intervenção
de terceiro na causa como litisconsorte ou assistente;
b) que concederem ou denegarem
inquirição e outros meios de prova;
c) que concederem grandes ou
pequenas dilações para dentro ou fora do país;
d) que deferirem, denegarem, ou
renovarem o benefício da gratuidade.
II - dos despachos e decisões do
presidente:
a) que admitirem ou não recurso ou
apenas o fizerem em parte;
b) que julgarem ou não reformados
autos perdidos em que não havia ainda decisão final;
c) sobre erros de contas ou custas;
d) que concederem ou denegarem
registro.
Art 112. O agravo é restrito
ao ponto de que se agravou, ao qual o Tribunal deverá limitar a sua decisão,
de que não haverá embargos.
§ 1º O recurso terá efeito
suspensivo, tão somente, porém, em relação ao ponto agravado.
2º O prazo para a interposição do
agravo, será de cinco (5) dias e o seu processamento na forma do Código de
Processo Civil, arts. 844 e 845, incisos e parágrafos.(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 3º No Tribunal o agravo será
distribuído a um juiz desimpedido que pedirá sua inclusão em pauta para
julgamento, com preferência nos trabalhos do dia, quando o relatará.(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 4º Provido ou não o recurso, os
autos baixarão ao relator do feito principal, para o seu
prosseguimento."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
(Redação anterior) - § 2º O prazo para a interposição do agravo, assim como para o preparo do recurso, será de quarenta e oito horas, contados do despacho que mantiver a decisão, sob pena de deserção.
§ 3º O julgamento do agravo terá preferência na pauta dos trabalhos do dia.
§ 4º Provido ou não o recurso, os autos voltarão ao relator para prosseguimento do feito.
Art 113. Às decisões do
Tribunal podem ser opostos embargos de declaração no prazo de quarenta e
oito horas, contados da publicação no órgão oficial, quando apresentarem ambigüidades, obscuridade, contradição ou omissão.
Art 114. Os embargos de
declaração serão deduzidos em requerimento de que devem constar os pontos
em que a decisão for ambígua, contraditória ou omissa.
§ 1º Se a petição não apontar qualquer dessas condições, será desde logo indeferida.
§ 2º O julgamento de embargos de declaração terá preferência na pauta dos trabalhos do dia.
Art 115. Para cumprimento de
decisão do Tribunal Marítimo será expedida guia com os seguintes
requisitos:
a) o nome da autoridade que a manda
cumprir;
b) a indicação da autoridade
incumbida do seu cumprimento;
c) o nome e a qualificação do
responsável;
d) a transcrição da parte decisória,
e a indicação do órgão oficial que publicou na íntegra o acórdão;
e) as assinaturas do presidente e do
diretor da Secretaria.
Art 116. A guia de sentença
será restituída ao Tribunal com declaração escrita do seu cumprimento,
feita pela autoridade a quem foi remetida.
Parágrafo único. Se a autoridade
incumbida do cumprimento não o puder efetuar restituirá a guia com declaração
negativa.
Art 117. Quando a pena for a
de multa e das custas, devidamente apuradas, a guia será expedida à repartição
encarregada da inscrição das dívidas fiscais para a cobrança executiva.
Art 118. Quando a pena
imposta não for a de multa, e se referir a estrangeiro domiciliado fora do
país, além da remessa da guia de sentença à autoridade competente, far-se-á
comunicação ao representante consular.
Art 119. Serão responsáveis
pelo pagamento das multas impostas a estrangeiros domiciliados fora do Brasil,
e das custas processuais respectivas, os representantes eventuais da embarcação.
Art 120. Nas guias de sentença, serão incluídas, para cobrança, as custas processuais vencidas.
Art. 121. A inobservância
dos preceitos legais que regulam a navegação será reprimida com as
seguintes penas:
I - repreensão, medida
educativa concernente à segurança da navegação ou ambas;
II - suspensão de pessoal
marítimo;
III - interdição para o
exercício de determinada função;
IV - cancelamento da matrícula
profissional e da carteira de amador;
V - proibição ou suspensão
do tráfego da embarcação;
VI - cancelamento do
registro de armador;
VII - multa,
cumulativamente ou não, com qualquer das penas anteriores.
1º A suspensão de
pessoal marítimo será por prazo não superior a doze meses.
2º A interdição não
excederá a cinco anos.
3º A proibição ou
suspensão do tráfego da embarcação cessará logo que deixem de existir os
motivos que a determinaram, ou, no caso de falta de registro das embarcações
obrigadas a tal procedimento, logo que seja iniciado o processo de registro da
propriedade.
4º Em relação a
estrangeiro, a pena de cancelamento da matrícula profissional será
convertida em proibição para o exercício de função em águas sob jurisdição
nacional.
5º A multa será aplicada
pelo Tribunal, podendo variar de onze a quinhentas e quarenta e três Unidades
Fiscais de Referência (Ufir), ressalvada a elevação do valor máximo nos
casos previstos nesta lei.
6º As penalidades de
multa previstas nesta lei serão convertidas em Unidade Real de Valor (URV) ou
no padrão monetário que vier a ser instituído, observados os critérios
estabelecidos em lei para a conversão de valores expressos em Ufir.
Art. 122. Por preceitos
legais e reguladores da navegação entendem-se todas as disposições de
convenções e tratados, leis, regulamentos e portarias, como também os usos
e costumes, instruções, exigências e notificações das autoridades, sobre
a utilização de embarcações, tripulação, navegação e atividades
correlatas.
CAPÍTULO II
Do Cancelamento da Matrícula
Art. 123. O Tribunal pode
ordenar o cancelamento da matrícula profissional de pessoal da marinha
mercante e da carteira de amador ou a interdição para o exercício de
determinada função, quando provado:
I - que o acidente ou fato
da navegação foi causado com dolo;
II - que o acidente ou
fato ocorreu achando-se o responsável em estado de embriaguez ou sob efeito
de qualquer outra substância entorpecente;
III - que, tratando-se de
embarcação brasileira, foi praticado contrabando, em águas estrangeiras,
ocasionando o confisco da embarcação ou da sua carga;
IV - que a falta de assistência
causou a perda de vida.
CAPÍTULO III
Da Suspensão ou Multa
Art. 124. O Tribunal poderá
aplicar a pena de suspensão ou multa, ou ambas cumulativamente, às pessoas
que lhe estão jurisdicionadas, quando ficar provado que o acidente ou fato da
navegação ocorreu por:
I - erro da navegação,
de manobra ou de ambos;
II - deficiência da
tripulação;
III - má estivação da
carga;
IV - haver carga no convés,
impedindo manobras de emergência, ou prejudicando a estabilidade da embarcação;
V - avarias ou vícios próprios
conhecidos e não revelados à autoridade, no casco, máquinas, instrumentos e
aparelhos;
VI - recusa de assistência,
sem motivo, à embarcação em perigo iminente, do qual tenha resultado
sinistro;
VII - inexistência de
aparelhagem de socorro, ou de luzes destinadas a prevenir o risco de abalroações;
VIII - ausência de
recursos destinados a garantir a vida dos passageiros ou tripulantes;
IX - prática do que,
geralmente, se deva omitir ou omissão do que, geralmente, se deva praticar.
1º O Tribunal poderá
aplicar, até o décuplo, a pena de multa ao proprietário, armador, operador,
locatário, afretador ou carregador, convencido da responsabilidade, direta ou
indireta, nos casos a que se referem este artigo e o anterior, bem como na
inobservância dos deveres que a sua qualidade lhe impõe em relação à
navegação e atividades conexas.
2º Essa responsabilidade
não exclui a do pessoal marítimo que transigir com os armadores na prática
daquelas infrações.
Art. 125. Quando provado
que a estiva foi feita em desacordo com as instruções do comandante, piloto,
mestre, contramestre e qualquer outro preposto do armador, resultando da infração
dano à embarcação ou à carga, a empresa estivadora, o estivador, ou ambos,
serão punidos com a multa prevista no § 5º do art. 121, isolada ou
cumulativamente com a pena de suspensão.
Art. 126. Quando provado vício
da embarcação, decorrente da mão-de-obra ou do material empregado pelo
empreiteiro, estaleiro, carreira, dique ou oficina de construção ou de
reparação naval, em desacordo com as exigências legais, o responsável será
punido com a multa prevista no § 5º do art. 121.
Parágrafo único. A falta
de pagamento da multa importará na suspensão das licenças para construção
ou reparação naval.
CAPÍTULO IV
Da Aplicação da Pena
Art. 127. Cabe ao
Tribunal, atendendo aos antecedentes e à personalidade do responsável, à
intensidade do dolo ou ao grau da culpa, às circunstâncias e conseqüências
da infração:
I - determinar a pena
aplicável dentre as cominadas alternativamente;
II - fixar, dentro dos
limites legais, a quantidade da pena aplicável.
1º Na fixação da pena
de multa, o Tribunal deverá atender, principalmente, à situação econômica
do infrator.
2º A multa poderá ser
aumentada até o dobro, se o Tribunal julgar que, em virtude da situação
econômica do infrator, é ineficaz, embora aplicada no máximo.
3º Aos infratores em
geral assegurar-se-ão o contraditório e a ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes.
Art. 128. O Tribunal poderá
substituir as penas de multa e suspensão pela de repreensão, toda vez que
somente encontrar atenuantes a favor do responsável.
Art. 129. A pena de
suspensão, cancelamento da matrícula e da carteira de habilitação de
amador ou de interdição em que incorrer a tripulação de embarcação
estrangeira será aplicada somente com relação ao exercício de suas funções
em águas sob jurisdição nacional.
Art. 130. A pena de multa
prevista nesta lei será aplicada ainda nos casos de dolo ou fraude nos
registros mantidos pelo Tribunal.
Parágrafo único. A
competência para aplicar a penalidade, nos casos deste artigo, será do
Presidente do Tribunal.
Art. 131. A multa deverá
ser paga dentro de dez dias, depois da ciência da guia de sentença, prazo
esse que, no entanto, poderá ser excepcionalmente dilatado.
Parágrafo único. Caso a
multa seja elevada para as posses do infrator, poderá ser permitido que o
pagamento se efetue em quotas mensais, até dentro de um ano, no máximo.
Art. 132. O Tribunal poderá
converter a multa em suspensão, quando se apresentarem razões que o
justifiquem.
Parágrafo único. Para a
conversão, a cada quatro Ufir corresponderá um dia de suspensão,
atribuindo-se tantos dias de suspensão quantas daquelas frações estiverem
contidas no valor da multa, arredondando-se para um mês, quando o resultado
apurado for menor do que trinta dias.
Art. 133. Não se executará
a pena de multa quando ela incidir sobre os recursos indispensáveis à
manutenção do infrator e sua família.
Parágrafo único. Se, no
entanto, o infrator for reincidente, aplicar-se-á o disposto no artigo
anterior.
Art. 134. Suspender-se-á
a execução da pena de multa, se ao infrator sobrevier doença que o
incapacite para o trabalho e este não dispuser de outras fontes de recursos.
Parágrafo único.
Proceder-se-á à cobrança caso o infrator volte ao exercício de sua
atividade.
Art. 135. Agravarão
sempre a pena, quando de per si não constituam a própria infração,
as seguintes circunstâncias:
I - a reincidência;
II - a ação ou omissão
da qual tenha resultado perda de vida;
III - a coação ou abuso
de autoridade ou poder inerente ao cargo, posto ou função;
IV - o pânico a bordo,
quando evitável ou reprimível;
V - a desobediência a ordem legal, emanada de
superior hierárquico;
VI - a ausência do posto,
quando em serviço;
VII - o concurso em ato
que tenha agravado a extensão do dano;
VIII - a instigação a
cometer a infração;
IX - a execução da infração
mediante paga ou promessa de recompensa;
X - ter praticado a infração
para assegurar ou facilitar a execução, a ocultação, a impunidade ou a
obtenção de vantagem de outra infração;
XI - a embriaguez e o uso
de substância entorpecente, salvo se decorrer de caso fortuito ou de força
maior;
XII - ser a infração
praticada no exterior;
XIII - resultar da infração
poluição ou qualquer outra forma de dano ao meio aquático.
Art. 136. Verificar-se-á
reincidência quando o agente cometer outra infração, depois de
definitivamente condenado por infração anterior.
1º A reincidência será
específica, se as infrações forem da mesma natureza.
2º Considerar-se-ão da
mesma natureza as infrações estabelecidas em um só dispositivo legal, bem
como as que, embora estabelecidas em dispositivos diversos, apresentarem pelos
atos que as constituírem, ou pelos seus motivos determinantes, os mesmos
caracteres fundamentais.
3º O decurso de tempo a
ser observado na aplicação do agravamento da pena, por reincidência, é de
cinco anos, devendo ser considerado como marco inicial de contagem:
I - nas hipóteses de
repreensão, medida educativa concernente à segurança da navegação, ou
ambas, a data em que transitar em julgado o acórdão do Tribunal;
II - na hipótese de
multa, o dia do seu pagamento ou, se tiver sido concedido o parcelamento, o da
última parcela paga;
III - nas hipóteses de
suspensão e interdição, após o último dia de cumprimento da pena;
IV - em qualquer caso, a
data da extinção da pena.
Art. 137. A reincidência
específica importará na aplicação da pena de multa ou de suspensão,
acrescida do dobro da fixada para a pena-base, somadas as circunstâncias
agravantes, quando for o caso, observados os limites estabelecidos no art. 121
e seus parágrafos.
Art. 138. A reincidência
genérica importará na aplicação da pena de multa ou suspensão, acrescida
da metade da fixada para a pena-base, somadas as circunstâncias agravantes,
quando for o caso, observados os limites do art. 121 e seus parágrafos.
Art. 139. Serão sempre circunstâncias atenuantes
da pena:
I - ser o agente menor de
vinte e um anos ou maior de setenta anos;
II - terem sido de somenos
importância os efeitos da infração cometida;
III - a ignorância, ou a
errada compreensão da lei, quando escusável;
IV - ter o agente:
a) procurado, por sua
espontânea vontade e com eficiência, logo após o acidente ou fato da navegação,
minorar-lhe as conseqüências;
b) cometido a infração
sob coação a que podia resistir, ou sob violenta emoção por influência
externa não provocada;
c) cometido a infração
em estado de esgotamento físico, resultante de trabalho extraordinário;
d) confessado, espontaneamente, a autoria do
fato.
Art. 140. Em concurso de
agravantes e atenuantes, a pena deverá aproximar-se do limite indicado pelas
circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultarem dos
motivos determinantes da infração, da personalidade do agente e da reincidência.
Art. 141. A pena que tenha
de ser aumentada ou diminuída dentro de determinados limites é a que o
Tribunal aplicaria se não existisse causa de aumento ou de diminuição.
Parágrafo único. Em
concurso das causas de aumento ou de diminuição da pena, as mesmas
compensar-se-ão.
Art. 142. Quando o agente,
mediante mais de uma ação ou omissão, praticar duas ou mais infrações, idênticas
ou não, aplicar-se-ão, cumulativamente, as penas em que houver incorrido.
Parágrafo único. Quando
o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, praticar duas ou mais infrações
da mesma espécie, e pelas condições de tempo e lugar, maneira de execução
e outras semelhantes, deverem as infrações subseqüentes ser havidas como
continuação da primeira, ser-lhe-á imposta a pena de uma só das infrações,
se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de
um sexto a dois terços.
Art. 143. A ignorância ou
a errada compreensão da lei, quando escusáveis, ou quando as conseqüências
da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
administrativa se torne desnecessária, poderão, excepcionalmente, resultar
na não-aplicação de pena.
Art. 144. Os casos omissos serão resolvidos por Resolução do Tribunal Marítimo.
Art. 147. O Tribunal Marítimo
terá o seu Quadro próprio de Pessoal.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
Parágrafo único. Dentro de cento e vinte (120) dias a contar da publicação desta Lei o Poder Executivo submeterá à aprovação do Congresso Nacional o novo Quadro de Pessoal do Tribunal, que lhe será proposto pelo seu Juiz-Presidente, através do Ministro da Marinha."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 147. O Tribunal Marítimo terá o seu quadro próprio a ser proposto pelo Tribunal e submetido à aprovação do Congresso Nacional, mediante mensagem do Poder Executivo.
Art 148. Os juizes do
Tribunal Marítimo gozarão da inamovibilidade e das deferências devidas ao
seu cargo.
Parágrafo único. O tempo de serviço prestado ao Tribunal, na vigência das leis anteriores, será contado para todos os efeitos como de serviço público federal.
(Revogado pelo DECRETO-LEI Nº 25, DE 1º DE NOVEMBRO DE 1966) - Art. 149. Os oficiais da Marinha de Guerra nomeados juízes do Tribunal Marítimo são considerados em atividade de caráter militar e poderão optar pelos seus vencimentos e vantagens militares ou pela remuneração fixada para os juízes." (Redação da Lei nº LEI Nº 3.543, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1959)
(Redação original) - Art 149. O presidente do Tribunal Marítimo terá o vencimento correspondente ao seu posto militar na ativa.
Parágrafo único. Fica extinto no
Quadro Permanente do Ministério da Marinha um cargo em comissão padrão CC-1.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987)Art 150. Os procuradores, adjuntos de procurador e advogados de ofício gozarão de direitos e garantias equivalentes aos dos membros do Ministério Público.
Parágrafo único. Aos advogados de ofício, quando funcionando nos processos, caberão as mesmas regalias concedidas aos demais advogados".(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
Art 151. Aos demais funcionários
do Tribunal e no que concerne ao aproveitamento de cargos, direitos e
vantagens, deveres e responsabilidades, aplicam-se as disposições da legislação
que estiver para os servidores públicos federais, com as alterações
decorrentes da presente lei.
Art 152. Fica estabelecido
para o Tribunal o regime das férias coletivas.
Parágrafo único. O período de trinta dias, contado a partir do primeiro dia útil do mês de janeiro, será de férias para o Tribunal, que somente se reunirá para assuntos de alta relevância por convocação extraordinária do Juiz-Presidente." (Redação da LEI Nº 9.527, DE 10 DE DEZEMBRO DE 1997)
(Redação anterior)Parágrafo único. O período de sessenta (60) dias, contado a partir de 1º de janeiro, será de férias para o Tribunal, que somente se reunirá para assunto de alta relevância, por convocação extraordinária do Juiz-Presidente."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação original) - Parágrafo único. O período de sessenta dias, contado a partir de primeiro de fevereiro, será de férias para o Tribunal, que somente se reunirá para assunto de alta relevância, por convocação extraordinária do seu presidente.
(Revogado pela LEI Nº 7.642, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987) - Art 153. As férias dos procuradores, adjuntos de procurador e advogados de ofício, são de sessenta dias anuais, concedidos no período de férias do Tribunal.
Art 154. O retardamento de
processo por parte de juiz, procurador, adjunto de procurador ou advogado de
ofício, determinará a perda de tantos dias de vencimentos quantos os
excedidos dos prazos estabelecidos nesta lei, descontados no mês imediato àquele
em que se verificar a falta.
Parágrafo único. O desconto
far-se-á pela repartição pagadora, à vista de certidão, que o Secretário
do Tribunal lhe remeterá ex-offício ,
sob pena de multa de Cr$500,00 (quinhentos cruzeiros), imposta por autoridade
fiscal, sem prejuízo da de falta de exação no cumprimento do dever.
Art 155. Nos casos de matéria
processual omissos nesta lei, serão observadas as disposições das leis de
processo que estiverem em vigor.
Art. 156. Nos processos da
competência do Tribunal Marítimo haverá custas que serão recolhidas na
forma da legislação fazendária em vigor.(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 1º O Tribunal organizará o seu
Regimento de Custas e o submeterá à aprovação do Presidente da República
no prazo de cento e vinte (120) dias, a contar da publicação desta lei.(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
§ 2º O referido Regimento de Custas deverá ser vinculado ao valor do maior salário-mínimo vigente no País e atualizável de acordo com os reajustamentos daquele valor."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art 156. Nos processos da competência do Tribunal Marítimo haverá custas, e estas serão cobradas em selos.
§ 1º Enquanto não for aprovado um regimento de custas para o Tribunal, aplicar-se-á, no que for aplicável, o da justiça do Distrito Federal.
§ 2º A cobrança de custas no Tribunal não exclui o pagamento do imposto de selo, devido na conformidade da legislação fiscal em vigor.
Art. 157. O Tribunal Marítimo
deverá, no prazo de noventa (90) dias, contados da publicação desta lei,
ter elaborado o seu Regimento Interno para submetê-lo ao Presidente da República.(Redação
da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE
1966)
Parágrafo único. O Regimento Interno entrará em vigor no prazo de noventa (90) dias, para o País, e cento e vinte (120) dias, para o exterior, a contar da data de sua publicação no órgão oficial."(Redação da LEI Nº 5.056, DE 29 DE JUNHO DE 1966)
(Redação anterior) - Art. 157. O Tribunal Marítimo elaborará dentro em 30 (trinta) dias, seu Regimento Interno, que terá execução 30 (trinta) dias após a publicação em todo o território nacional." (Redação da Lei nº LEI Nº 3.543, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1959)
Parágrafo único. O regimento do Tribunal entrará em vigor no prazo de noventa dias para o país e cento e vinte dias para o exterior, a contar da sua publicação no órgão oficial.
(Redação original ) - Art 157. O Tribunal Marítimo deverá, no prazo de noventa dias, contados da publicação desta lei, ter elaborado o seu regimento para submetê-lo ao Presidente da República.
Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1954; 133º da Independência e 66º da República.
GETULIO VARGAS
Renato de Almeida Guillobel
www.soleis.adv.br Divulgue este site